Aprendiz Arquitetônica

Arquitetura é devoção à arte da criação e contemplação, é preocupar-se com fatores além da estética, com a qualidade de ambientes que abrigam a existência em si.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A brincadeira das formas puras

Nos períodos que antecederam esta era moderna arquitetônica, definiam-se as características de uma construção a partir da sua "decoração" e ornamentação externa. Com o modernismo, a valorização desses ornamentos caiu por terra, a regra agora é adotar formas puras...e a partir delas, brincar, enchendo e esvaziando, encurvando , inclininando...isso fica à deriva das demandas, e claro, da imaginação e habilidade do arquiteto.
Alguns exemplos de arquitetura contemporânea que fazem da obra, uma forma de arte sintética, ousada e futurista.

1- Edifício da UFSCAR - GUSTAVO PENNA E ASSOCIADOS


Encantador como o formato define esta edificação, na fachada frontal começamos com um prisma retangular, que é envolvido por um trapézio recortado. Notem que tudo é feito do mesmo material, e a beleza se dá mesmo pelo movimento e sutileza que a forma transmite.


2- Edifício Residencial, Dinamarca- CF Moller



Remetendo a um jogo de encaixes e desencaixes, suponhamos que temos um prisma retangular perfeito. Dele os arquietos foram retirando, a partir de análises e intenções, pequenas partes, até termos o volume orginal, "parecendo inacabado" autêntico.


3- Edifício Residencial The Wave - Henning Larsen Architects



Confesso que este aqui me lembrou de Niemayer, o mestre amante de curvas. É interessante também que ele brinca com o meio externo, situa-se na orla, enquanto sua forma remete às ondas do mar. Fiquei encantada!



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Museu do Amanhã - Santiago Calatrava



O Museu do Amanhã destina-se às ciências, sua proposta futurística aponta para analise vestígios do passado através da exploração.  Representa o início da revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro.




A idéia é levar o visitante a uma viagem ao desconhecido, explorando um caminho rumo ao futuro repleto de sensações e emoções.


A obra preza pelo meio ambiente, prevendo recursos sustentáveis. Utilizará água da baía da Guanabara para regulagem de temperatura,  placas fotovoltaicas que captarão energia solar e o espelho d'água ao redor do volume usará água do mar filtrada, criando um microclima mais agradável.


sábado, 20 de agosto de 2011

Casa escultural

 Vamos entrar? concebida pela +2 arquitetos e associados, esta casa  trás um ar quase poético; no alto de um condomínio no Leblon, o terreno de 438m², representava um desafio devido as contenções e encostas. Vencido o desafio topográfico, marca-se a composição original da casa; leve e "quase flutuando" sobre o morro.


Let's go? +2 designed by architects and associates, this house behind an almost poetic; on top of an apartment in Leblon, the field of 438m ², represented a challenge due to slopes and retaining walls. Topographic won the challenge, make the composition of the original house, light and "almost floating" over the hill.





Para superar o problema do terreno complexo, a base leva estruturas de concreto, alternada a metálica nos andares mais altos, garantindo um visual  leve e integrado a paisagem exuberante Carioca.


To overcome the problem of complex terrain, takes the basis of concrete structures, alternating metal on the upper floors, ensuring an integrated visual light and lush landscape Carioca.





A esquerda, a raia de 15X2m funciona como um espelho-d'água integrado à área de estar, que pode ser separada da sala através de portas transparentes. 


The left lane of the 15X2m acts as a mirror built into the waterline seating area, which can be separated from the room through the transparent doors.



A parte social, fica no nível mais alto (coincidindo com a rua). Cercada por painéis de vidro laminado, seguindo a leveza do restante do projeto e sustentado por esquadrias de alumínio brancas, acompanhando também o esquema de cores. O distinto teto curvo foi moldado com telha metálica do tipo trapeziodal. A originalidade do telhado remonta sua forma orgânica, com suportes leves e opção por vazar espaços.




The social, is at the highest level (coinciding with the street). Surrounded by panels of laminated glass, according to the lightness of the rest of the project and supported by aluminum frames white, also following the color scheme. The distinctive curved roof was framed with metal tile type trapeziodal. The originality of the roof back its organic form, with light and choice of media leaks spaces.

Prioriza-se em todos os ambientes o conforto da transparência e luz, no banheiro o boxe não termina por si só, mas da acesso a um canteiro verde. Pastilhas revestem bancada e paredes. E o piso mantem a unidade de materiais com lâminas de cumaru enceradas iguais as da casa.


Priority given in all environments is the comfort of transparency and light. The bathroom boxing does not end by itself, but access to a patch of green. Pads lining the walls and countertops. And the floor keeps uniform material with sheets of waxed cumaru same as the house.







Com paredes de vidro laminado fechando as suites, garante-se leveza, montadas com vigas e estruturas metálicas aparentes.

Suites closed by Laminated glass, ensures lightweight, mounted with beams and metal structures apparent.






A circulação do quintal para as áreas superiores é feita através de uma escada arrojada e moderna, composta por metal e revestida com pintura eletrostática branca, garantindo uma fácil manutenção.

The circulation of the yard to the upper areas is via a bold and modern ladder , consisting of metal and coated with white powder coated, ensuring easy maintenance.



Então prontos(as)  para morar em uma dessas?



So, are you ready  to live in one of these?





sábado, 23 de julho de 2011

Borda Infinita: Licença poético-arquitetônica para o ilimitado.


As piscinas de borda infinita parecem verdadeiramente não ter fim.
Integram o entorno natural nao só com piscina e com a área de
lazer,  mas com toda uma construção. A vista é ilimitada, e a sensação de
unidade com o mundo é um sonho que com toda suavidade destas bordas, vai tomando conta da 
realidade(...)



A beleza que compõe o cenário está na ilusão de ótica de que a lâmina de água da piscina toca a linha do horizonte. A proposta fascina, garante um projeto elegante e sedutor. A sua execução exige muito cuidado e é mais trabalhosa. A grande diferença é que logo abaixo da borda que se faz "infinita", há um tanque, um espelho d'agua ou uma canaleta, contornando a área na qual a água transborda, sendo devolvida à piscina.



A impermeabilização destas piscinas é feita de forma semelhantes as normais, tomando-se as mesmas medidas de cuidado tradicionais. É importante recordar que o tanque de retorno, da mesma maneira, deve ser impermeabilizado.
Além da estética existe um outro ponto positivo; as particulas que ficam suspensas sobre a água, são escoadas em pouco tempo para o tanque ao transbordarem, então a lâmina de água fica sempre limpa.
Caso você tenha uma piscina tradicional e queira transforma-la, isso é 
possível através de um bom planejamento e análise.



Uma piscina nessas definições precisa ter seu tanque construido em concreto, e parte dele avançará sobre o solo. Quando estão diretamente no solo, ele apresenta desníveis. Podem ser também executadas em lajes de coberturas, conferindo o mesmo efeito. Os revestimentos internos apresentam uma maior possibilidade de escolha.


Esta piscina é a grande responsável pela beleza e singularidade dos projetos que a integram, além de compor com leveza um ambiente chamativo e luxuoso.







quinta-feira, 14 de julho de 2011

Pela transparência

Não é de agora que o vidro vem roubando a atenção dos mais variados cenários...
Utilizados em  muros, integram a casa ao meio externo, dão sensação de conforto e beleza, além de deixarem os espaços incrivelmente maiores.
Existem vários tipos de vidros, e o que define a especificação de qual vai ser utilizado é o nível de segurança que será necessário, os impactos aos quais ele estará sujeito.
Ao contrário do que parece, o vidro possibilita a segurança em relação ao vandalismo e disparos de arma. Além de fornecer isolamento térmico e acústico. Os vidros mais utilizados para muros são os temperados e os laminados.



Arrojados e modernos, sem dúvidas são possíveis de instalar muros de vidro sem comprometer a segurança,  o ideal é que não houvessem muros nas cidades mas enquanto isso não acontece, delineia-se o início de uma integração maior atráves da transparência.




segunda-feira, 11 de julho de 2011

A casa do arquiteto Alexandre Feu Rosa


Após afastar-se um pouco da profissão, o próprio arquiteto projeta sua residência.


Em declive acentuado na transversal, a topografia do lote não é simples,o arquiteto aplica soluções criativas e inteligentes para o aproveitamento. Demonstrando a maturidade e habilidade arquitetônica que adquiriu utilizando sabiamente o tempo na carreira.
O terreno possui 1.950 m² e encontra-se em um condomínio todo arborizado, na região central de Salvador. Para executar a solução do arquiteto, cortou-se o lote em sua cota média, possibilitando nivelar os ambientes em si, e as alturas das copas das árvores, garantindo a interação confortável com a natureza predominante.
Na parte mais baixa do terreno, o pavimento de entrada incluiu a garagem, área de serviço e um hall/sala que recebe iluminação do jardim frontal, a partir dali, uma escada leva ao pavimento superior. Nele, a natureza integra-se totalmente.


A forma geométrica que melhor define a construção é um triângulo, afastado 9 metros do limite da rua e cujas funções são definidas por dois eixos do triângulo. A cozinha e estar localizam-se no eixo de frontal da rua, enquanto os dormitórios ficam no sentido perpendicular a esse ponto. Já a terceira parte do triângulo, paralelo ao aclive abriga uma grande varanda e a sala principal. 
Há uma interrupção na linha de cobertura da varanda com o objetivo de integrar melhor a piscina com o interior da casa.  Um painel de vidro jateado ilumina o acesso aos dormitórios e garante a privacidade.



Queridos(as) aprendizes , agora vamos anotar nossas lições:
- Criar integração com ambientes e naturezas
-Vidro é ideal para integrar visualmente os ambientes.
-Para obter privacidade use vidro jateado
- A topografia não deve ser problema, sim levada seriamente em conta a fim de nortear o projeto.
-utilizar o tempo e os erros para adquirir mais conhecimento.
-garantir bastante iluminação, aproveitando a natural ao máximo.
Os créditos vão para o site,  arcoweb que considero até agora um dos melhores em arquitetura.

Um abraço,


Amanda Menezes.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Conhecendo Paulo Mendes da Rocha


A medida que vou conhecendo tanto as obras quanto a personalidade de Paulo Mendes da Rocha, vejo que é impossível não ficar encantada. Dono de uma personalidade ousada, divertida, culta e extremamente inteligente, ele cria e recria despretensiosamente a arquitetura moderna sem menosprezar o antigo, preocupando-se ao máximo também com o entorno e com todos os dilemas da urbanização das cidades, além da manutenção da arte e liberdade da arquitetura em face aos tempos modernos que sujeitam tudo à mercantilização.

Museu da arte moderna em Santos
Paulo Mendes da Rocha e metro Arquitetos Associados

Em forma de um cubo, o museu é suspenso, e a iluminação é elemento chave na sua composição arquitetônica.

Museu-escola, Santo André, SP

 Modernista, vê-se nesta obra claramente a preocupação em manter as formas "puras",compondo o belo a partir do básico e funcional.

Museu e teatro, Vitória

 O arquiteto é "mestre" na arte de brincar com as formas sutis, em criar estruturas independentes,  suspensas, aqui ele faz um jogo das linhas retas com a curva, e aproveita a beleza do espelho d'água para compor a fachada.

Museu, Belo Horizonte

Paulo Mendes da Rocha e Pedro Mendes da Rocha

Em um edifício histórico, através de vidro e Metal, Paulo Mendes da Rocha mantêm a linda fachada com concepções arquitetônico-estruturais da antiguidade clássica,  e cria espaço para o museu das Minas e do Metal,  que não poderia ter materiais melhores que o vidro e o metal para  "dialogar" diretamente com sua função que é a de apresentar atrações virtuais e interativas.


Segue abaixo uma postagem com uma entrevista a Paulo Mendes Da Rocha.

 

 

Paulo Mendes da Rocha em Foco

Todos precisamos de boas inspirações, de modelos a seguir, como bons arquitetos, devemos sempre ter aqueles a quem tomamos como exemplo, por isso irei apresentando as particularidades e singularidades que tornaram arquitetos famosos no que eles são, para que possamos nos inspirar e saber como atingir um pouco de tal sucesso e amor pela obra.O primeiro escolhido foi Paulo Mendes da Rocha, encontrei uma entrevista com ele no excelente site de arquitetura ARCOWEB (confira depois!) e selecionei os trechos que considerei mais importantes para analisarmos.


Fale sobre sua forma de projetar, em parceria com outros escritórios.
Paulo Mendes da Rocha - O trabalho de arquitetura tem de ser feito com participação efetiva de companheiros; não pode ser solitário. Há uma permanente interlocução, mesmo quando não está explícita. Nosso modo de trabalhar não é inédito, e, no nosso caso, ele é conseqüência do fato de termos convivido na FAU-USP.
E certamente muitos deles foram seus alunos...
Todos foram meus alunos, mas não é isso. É mais uma questão de clima. Tenho a impressão de que nenhum deles aprendeu nada comigo. Somos um grupo de arquitetos. O resultado do nosso trabalho é uma questão que não se pode prever muito, é uma espécie de desencadeamento de uma situação. Considero nossa forma de trabalho um privilégio. E ideal.
Por que ideal?
É que, na verdade, ela resulta de uma escolha de nós todos, não sou eu que escolho. Iniciamos um trabalho que, desencadeado, é impossível fazer de outro modo.
Como aconteceu essa aproximação?
O que nos aproximou foi o trabalho. O grupo é unido por amizade, parceria, e, mais do isso, por solidariedade no trabalho. E, claro, nós enfrentamos o trabalho com certa dificuldade. A prática do trabalho, a prática pública, o trato com construtoras, empresas, a demanda de trabalho, e mais, tentando sempre preservar a integridade do projeto, enfrentando a vertigem do mercado e coisas do tipo. E, inclusive, tentando preservar a independência e a liberdade do discurso da arquitetura como uma forma de conhecimento.
O grupo todo se ampara muito bem nessa expectativa, mantendo certa independência no trabalho em relação à expectativa preexistente das demandas. Em certo sentido, procuramos replicar a vertigem do mercado.
Replicar como?
É fazer a arquitetura se mover na direção da reflexão sobre as coisas que vão se transformando, no âmbito da cidade, por exemplo. Uma questão, a desconexão entre metrô - que ainda é uma novidade, até pela lentidão com que é feito - e a estrutura mesma da cidade, planos de educação, localização dos equipamentos urbanos etc. são fatos, por exemplo, que merecem uma réplica. Não se consegue corrigir uma cidade, mas consegue-se sempre dizer alguma coisa que não é passiva em relação ao assunto.
Projetar assim, com muitas pessoas, deve dar algum problema. Como funciona na prática?
Só temos um problema e é grave: é que nos divertimos muito e precisamos manter certa seriedade. Gastamos tanto de tinta de impressora quanto de litros de uísque.
Acaba se estabelecendo um amplo equilíbrio entre os vários interlocutores, inclusive no plano crítico.
Todo mundo se constitui em escritórios por razões técnicas, comerciais, jurídicas. Mas nós, na verdade, somos autônomos personagens. Eu falo com o Martin, como se falasse com o Milton, que fala com o Eduardo, que fala com o Zé Armênio: qualquer um de nós fala com o outro de igual para igual, e isso é muito interessante. Trabalhamos muito bem juntos, porque já nos aproximamos por afinidades intelectuais; não foi uma procura para etiqueta de trabalho.

O trabalho feito com prazer é mais produtivo, a pessoa não se sente uma figura alienada pelo trabalho. Isso explica a resistência de vocês às fórmulas e imposições do mercado?
Paulo Mendes da Rocha - Temos aqui uma assembléia crítica permanente, e isso é muito útil para nós todos.Nunca temos planos predeterminados para um projeto, não se sabe como será o próximo trabalho, apenas que será muito rico se surgir desses arquitetos. Há coisas que podem escapar, mas esse é um grupo muito crítico. Mesmo porque somos bem mais do que os que estão nessa mesa. E são todas pessoas extraordinárias. Nós temos recebido estagiários não só do Brasil, mas também da Holanda, de Portugal, que vêm nos procurar porque o trabalho naturalmente é divulgado. Portanto, há uma espécie de florescimento das coisas muito bom. Mas não temos um controle, não somos um grupo eficiente, propriamente organizado.
A experiência faz uma grande diferença em relação ao período em que o senhor era jovem?
Deve fazer, porque são coisas que já foram experimentadas antes, repetições de sucessos que se transformam, mas dentro de uma genealogia não só de recursos técnicos mas também da própria imaginação. Se você pensar que em tudo o que fazemos uma coisa sai da outra, muito do que se projeta agora são projeções feitas antes, à luz de outras questões, que lá não cabiam, mas cabem aqui. O assunto é um só, é a transformação espacial de acordo com o que se imagina. A experiência dá tranqüilidade.
Paulo Mendes da Rocha - Por causa da experiência? Daí é que vem a experiência. Eu era mais intrépido. No projeto do [clube] Paulistano eu tinha 28 anos, recém-formado. Tinha saído da escola quando abriu o concurso. Não me importei muito com o concurso, tinha o escritório, e até trabalho, não precisava ganhar o concurso para pagar as contas, mas achei interessante organizar aquela desordem que o terreno apresentava, com vários edifícios. Dizendo assim, ganhar um concurso parece uma balela, como quem ganha uma raspadinha, mas os projetos foram submetidos a um júri muito bom, composto por Rino Levi, Plínio Croce, homens de grande cultura, de grande saber, eruditos.
E concorreram bons arquitetos.
Ah, sim, certamente, mas os outros são os outros. A questão é o julgamento dessas personalidades. E eu também não pensei muito nisso, até porque o júri só apareceu lá para as tantas. Voltando à questão da experiência, nesse projeto eu procurei imaginar o desejo dos outros, aquilo que fosse festivo, alegre. Tinha que fazer uma arquibancada, e sempre fui muito preguiçoso, e chamei um consultor que fez os cálculos da curva de visibilidade perfeita, com matemática pura.
A técnica não tem mistério.
O arquiteto não evolui, então?
Marta Moreira - A evolução existe, mas não vejo no trabalho do Paulo uma evolução. Cada coisa é diferente da outra e elas vêm em função do problema que se coloca, e acho isso uma coisa muito marcante nele - a capacidade de enxergar o problema. Talvez a experiência esteja no fato de ele já não ficar aflito, ter mais serenidade.
A experiência talvez esteja na facilidade e rapidez com que ele detecta a melhor solução...
Marta Moreira - Mas acho que isso sempre houve no trabalho do Paulo.
Paulo Mendes da Rocha - Talvez eu não tenha me expressado bem, a experiência é mais no trato das coisas. Fiz o Paulistano há quase 50 anos, quando não tinha experiência. Lembro que fui ao escritório do Figueiredo Ferraz falar da estrutura e ele me deixou esperando umas três horas. Mas depois encontrei o ilustre engenheiro Tulio Stucchi e, se não fosse ele, não teria feito o Paulistano. Estavam me dizendo que aquilo não dava certo, mas como ele estava ligado à obra disse: “Não senhor, vamos fazer isso”. Se em alguns momentos você não encontra a pessoa adequada, ou se topa com a pessoa inadequada, pode receber um tranco e atrasar ou mesmo mudar sua vida. Eu tive a sorte de encontrar uma pessoa solidária e que confiava na engenharia, na possibilidade de realizar as coisas.
Guilherme Wisnik - Uma coisa que marca muito quem foi seu aluno é quando você diz que “não sabe exatamente o que quer fazer mas sabe o que não quer”. Isso é fundamental e quem trabalha com você vai assimilando seu modo de projetar, e quem escreve sobre seu trabalho sempre erra, porque pega pelo aspecto formal.
No Patriarca, quando você diz que não fez uma laje plana para não subirem e isso você não queria... São princípios que vão se encadeando e o projeto é estruturado assim. A experiência pode contar nesse sentido, de discernir o que você não quer fazer.



A obra de algum arquiteto ainda o emociona? Qual?
O Niemeyer sempre me impressiona muito. O que me impressiona mais no Niemeyer, atualmente, é a expectativa de qual será sua próxima obra. O Fernando [de Mello Franco] disse que esse museu de Curitiba é um maravilha. Levei um amigo arquiteto da Suíça, o Luigi Snozzi, que é muito culto, para conhecer o museu de Niterói e ele ficou encantado. Aquilo é o modo de o Niemeyer ver a terra dele, e Niterói é um anexo do Rio e vice-versa. Às vezes a arquitetura do Norman Foster impressiona, porque o Reichstag, em Berlim, é um horror. Mas o aeroporto de Londres é muito lindo, as estruturas metálicas são belíssimas.



Aprendamos com os Grandes!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Áreas mínimas.

É basico que tenham-se fixas as medidas mínimas para projetar, a partir delas é possível criar outras, ampliando-se e ajustando-se às demandas. Seguem as medidas mínimas dos ambientes principais para uma construção efetiva;


Sala de estar


Área básica_ 8m²

Sala de jantar
Área básica_10m²

Cozinha
área básica_ 6m²


Quarto casal


área básica_ 10m²


Banheiro
área básica_4m²


É essencial ter em mente as medidas base, para então trabalhar em cima do projeto e adequa-las, quanto às representações,  futuramente discutiremos técnicas que tornam possível sua elaboração, tanto artística quanto técnica.